7 Dicas essenciais para criar um planejamento financeiro empresarial

7 Dicas essenciais para criar um planejamento financeiro empresarial

Por mais que o Brasil seja um país com grande número de empreendedores, uma boa parte dessas pessoas ainda não sabe como fazer o planejamento financeiro empresarial. Até mesmo em finanças pessoais pode ser difícil se organizar, visto que a educação financeira não é algo amplamente difundido. Isso é bastante preocupante, visto que o planejamento financeiro é um dos pilares para a boa saúde de um negócio, sendo um fator decisivo para ele prosperar ou fracassar. 

Algumas pequenas e médias empresas ainda não dão ao planejamento financeiro a importância necessária, e é por isso que vamos apresentar aqui algumas sugestões de como realizar essa tarefa, que pode ser um pouco trabalhosa, mas é fundamental para a gestão econômica da sua empresa. Isso irá evitar erros e deslizes que podem trazer grandes prejuízos, muitas vezes irreversíveis. Vamos lá?

Afinal, o que é o planejamento financeiro?

É um conjunto de controles, ações, ferramentas e documentos que organizam, gerenciam os recursos financeiros de um negócio buscando otimizar a tomada de decisões e seus resultados no curto, médio e longo prazo. Assim como nas finanças pessoais, onde normalmente cada um tem controle do que recebe e gasta ao longo de um mês ou ano em categorias como alimentação, moradia, transporte, lazer, etc, uma empresa também precisa projetar receitas, custos, despesas, cenários, metas, lucros, investimentos, entre outras variáveis. O objetivo, então, é não deixar faltar dinheiro ao final do mês, cobrindo todos os gastos.

Por isso, uma boa organização financeira é imprescindível para garantir o sucesso do negócio, identificando a saúde financeira atual da empresa e projetando os resultados, em termo de números, dos meses seguintes. Esse planejamento deve ser observado de perto, garantindo uma maior eficiência da ferramenta e aplicando as propostas ao dia a dia da empresa. 

Mas como podemos fazê-lo?

  1. Compreenda a situação atual do seu negócio. Afinal, você precisa entender de onde vai começar a se planejar, tendo uma visão realista e certeira da atual saúde financeira da sua empresa. Para isso, é interessante coletar dados sobre o momento do mercado, como tem sido o desempenho da sua empresa em todos os aspectos positivos e negativos, a receita atual, o número de funcionários, a sustentabilidade do negócio, levantar o patrimônio atual e também suas dívidas, se for o caso.

Para esse ponto, a análise SWOT será sua grande aliada, visto que ela considera as suas forças (strenghts), fraquezas (weaknesses), oportunidades (opportunities) e ameaças (threats), oferecendo um panorama abrangente da sua empresa. A partir disso, pense no valor disponível para investimento e quais os passos necessários para alcançar os objetivos aos quais se propõe.

  1. Se habitue a fazer registros. É necessário ter disciplina para controlar os gastos e despesas. Um controle financeiro, onde constam os gastos e a projeção para o período, além de conter todo o tipo de registro envolvendo movimentação financeira, deve ser constantemente revisitado e atualizado. Para começar, se o seu negócio for pequeno, um caderno ou uma planilha são suficientes, embora esta seja mais recomendada por ser mais prática de editar, até mesmo por contar com o auxílio de outros recursos, como gráficos, otimizando a visualização. O importante, aqui, é detalhar e categorizar bem os números. 
  2. Defina suas metas globais e objetivos financeiros para o curto, médio e longo prazo. Após os primeiros passos, onde colocamos os pés no chão, agora é o momento de estabelecer objetivos e, por que não? Sonhar grande, já que a existência de um propósito nos motiva ainda mais. Todavia, não deixe de manter um pensamento realista ao definir essas metas: pense no faturamento ideal, qual o teto de custos e despesas, quais os próximos investimentos na estrutura e operação do negócio e qual o lucro esperado para o próximo período. Mas não esqueça de acompanhar essas metas, viu? Nada de colocar no papel e abandonar em seguida. Elas serão importantes para garantir a constância do planejamento, atendo-se ao que foi proposto.  
  3. Delimite um plano de ação. Já com as metas definidas, agora é a hora de pensar nos passos necessários para alcançá-las. Estabeleça objetivos que englobam cada pedacinho da organização, isto é, os diversos setores como marketing, finanças, departamento pessoal, produção, etc. Assim, todas as equipes devem compreender e se manter alinhadas aos objetivos globais da empresa, dedicando-se a alcançá-los e contribuindo para o sucesso do plano de ação.

Uma boa ideia é definir, num primeiro momento, os objetivos mais amplos da empresa, mapeando as ações necessárias, para depois fragmentá-los em objetivos menores e que podem ser atingidos de forma fragmentada. Assim, é importante dividir tarefas e documentar todas as ações, definindo, também, responsáveis – sejam indivíduos ou equipes – para cada ação planejada. 

  1. Documente seu orçamento anual. Aproveite para listar todos seus valores e variáveis em planilhas ou, melhor ainda, softwares de gestão financeira, como os ERP (Enterprise Resource Planning, ou Planejamento de Recursos da Empresa). Sua documentação terá como base seu planejamento estratégico, suas metas e o plano de ação definido até aqui. Então, elabore seu orçamento empresarial, projetando vendas, custos e despesas, capacitando funcionários, considerando investimentos em recursos, pessoas e máquinas, dentre outros. 

Assim, deve ter em mente – e principalmente, visualmente – um planejamento a respeito de quanto é necessário faturar, quais os limites para os gastos e quais são os investimentos a serem realizados. Esses números também devem ser acompanhados ao longo do ano, fazendo as correções necessárias e garantindo que a empresa se encaminhe para atingir os objetivos propostos.

  1. Considere todos os cenários possíveis. Nunca sabemos o amanhã, então é fundamental estar preparado para situações boas e algumas que podem ser prejudiciais ao seu negócio. Assim, além dos cenários base, ou seja, aqueles onde é provável que suas metas se realizem, é importante simular outras possibilidades. Dessa forma, é comum estimar o cenário otimista, onde as expectativas de vendas são atingidas e/ou superadas, os custos ou despesas são menores que o esperado e as metas são atingidas. Por outro lado, também há o cenário pessimista, onde os gastos ultrapassam os lucros e as metas ficam pendentes. 
  2. Conte com a ajuda de profissionais, se for o caso. Se em sua empresa já houver alguém responsável pela gestão financeira, ótimo! De qualquer forma, por ser um passo delicado da estratégia do seu negócio e que pode fazer toda a diferença para ele prosperar, não pense duas vezes se precisar contratar um profissional competente para organizar seu planejamento e te indicar abordagens ou investimentos que serão benéficos ao seu negócio. Pense nisso como um investimento para a sua empresa, já que um planejamento financeiro eficaz pode salvá-la de prejuízos por vários anos! 

Deu para perceber que, mais importante do que adotar uma ferramenta e listar suas metas, é imprescindível manter a disciplina na definição e acompanhamento do seu planejamento financeiro, certo? O comprometimento coletivo é o que trará o resultado desejado e consolidará o sucesso do negócio. 

Talvez sua empresa tenha de adotar novas práticas financeiras, o que pode ser algo complicado em um primeiro momento, ou até mesmo fazer reajustes ao longo do percurso para equilibrar as contas e retomar o caminho traçado inicialmente. Tudo isso faz parte! Se precisar de auxílio profissional para elaborar seu planejamento financeiro, nós da Objetiva Jr. estamos à disposição!

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